estou de volta toda alquebrada não posso comemorar: violeta e chuvas rebellion as estrelas se escondem de mim cheguei e não há o que festejar
tarde para tudo, nunca para sempre, uma máquina canta wood que reinterpreta zeppelin que parafraseia beatles e todo aquele paraíso que afundou para se juntar com Àtlàntida
me transformo numa ilha de sua majestade com algúns pingos-notas de sangue real
abro os olhose já é 2012 e somos 21 grupos de 3 sendo que todos estamos perdendo
não consigo confiar em: vitórias, felicidades, amores
apenas uma intensa sêde que abocanha todos os desertos já filmados
pulsa retrocede e assombra
farta de estar sem mim, louca para reeencontrarme
estou aqui sem ausencias, sem demencias, sem licenças
Lado B:
san juan en la montaña
anochece y llueve, as palavras fluem, a poesía é um fato, que ser limpo e perfeito até o declínio exige submissão e já é o campo das religiões; e não apenas um aspecto artficial da cultura decadente e talvez até um subterfúgio do verbo que cansado de representar como um ator aposentado
sulcado por imprecisos lusus para assim manter a cifra do segredo, mimético e profano quase demodée;
quanto mais plástico mais combustível escrever dói e os poetas agonizam no meu leito de estrelas, não haverá mais lua entre nós! é tudo tão importante que ao final não importa nada a não ser não calar se:
esta é a ríspida e clara persecução da palavra supernova mientes tú miento yo
com estratégias tão verdadeiras que deixariam estupefacto até um arcanjo em pessoa
adjetivos e um sos tenido vindo de uma reencarnação hindú que antes de cristo já estava unida ao resto; ser xamã é fácil...mas tem que morrer primeiro.
